Existem cerca de 2.500 espécies de pulgas, que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. Ao longo da evolução esses insetos perderam as suas asas e seus corpos tornaram-se achatados, o que permite eficiente locomoção entre os pelos ou penas. O desenvolvimento das pernas traseiras, acompanhado pela presença de uma proteína elástica chamada resilina, possibilitou tais insetos pularem a alturas de 30cm e distâncias de até 50cm, ou seja, mais de 100 vezes o tamanho de seu corpo. Esse mecanismo eficiente de saltos é essencial para que a as pulgas busquem novos hospedeiros.
Muitos animais apresentam preferência por certos habitats. Determinadas condições, como grau de luminosidade, temperatura, umidade, substâncias químicas e outras variáveis tornam alguns habitats mais adequados para certa espécie e menos propício para outra. Alguns animais são muito especializados e vivem em um ou poucos habitats. Outros são mais generalistas, podendo viver em vários habitats. Com as pulgas acontece algo parecido. Algumas parasitam poucos hospedeiros (que são o seu habitat) e outras podem ocorrer em várias espécies.
Estudos feitos em várias partes do mundo (ver as referências nos links abaixo) revelaram os principais habitats das pulgas do homem, do gato e do cão. A pulga do homem (Pulex irritans) parasita vários animais, incluindo o ser humano. A pulga do gato (Ctenocephalides felis) infesta com frequência gatos e cachorros. Já a pulga do cachorro (Ctenocephalides canis) parasita cães e raramente gatos. Pulgas de gatos e cachorros parecem não gostar do “habitat Homo sapiens”. Assim, muito raramente sofremos ataques dessas pulgas!
REFERÊNCIAS:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1096-0031.2008.00211.x
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0304401700002740
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https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-2915.1997.tb00430.x