A varíola era um doença extremamente grave causada por um vírus. Seus sintomas incluíam febre alta, dores de cabeça e no corpo e lesões na pele. A doença causava a morte de 1/3 dos doentes. No final do século XVIII era difundido na Europa que mulheres que ordenhavam vacas não se contaminavam com a doença.
O naturalista e médico Edward Jenner observou que essas mulheres, ao ordenharem vacas adquiriam uma doença do gado (varíola bovina), similar à varíola, mas muito mais branda. Em 1796, o cientista encontrou uma jovem ordenhadora, que apresentava lesões da doença nas mão. Então ele extraiu o líquidos dessas lesões e inoculou em um menino. O menino adquiriu alguns sintomas, mas logo se recuperou. Alguns meses mais tarde Jenner inoculou o menino novamente, mas desta vez com líquido de lesões de varíola. O menino não desenvolveu a doença. Estava descoberta a vacina!
No caso da primeira vacina, ela era o vírus COWPOX da varíola bovina, muito similar ao vírus SMALLPOX da varíola (veja o quadro abaixo). Atualmente, para a fabricação de uma vacina utiliza-se o próprio patógeno (vírus ou bactéria) causador da doença.

COMO FUNCIONA A VACINA. A se deparar pela primeira vez com determinado patógeno (vírus ou bactéria) nosso organismo irá produzir anticorpos para eliminá-lo. Nessa guerra haverá um vencedor: ou nossos anticorpos ou os patógenos! Sabe-se que em um segundo contato com esses mesmos patógenos nossos anticorpos agem muito mais rápida e intensamente. Neste caso, a vitória dos anticorpos é praticamente certa! A vacina simplesmente simula o primeiro contato com determinado patógeno. Só que a vacina é composta por patógenos atenuados ou mortos (e não há o risco de se adquirir a doença!). Vacinas modernas, de últimas gerações, utilizam apenas fragmentos ou material genético dos patógenos.
A varíola foi erradicada, graças à vacina. Mas muitas doenças infecciosas graves e fatais ainda estão entre a gente. Se todos se vacinarem temos a perspectiva de erradicá-las.