Dúvidas sobre a capacidade de contágio de pessoas que adquirem o coronavírus e nunca apresentam sintomas estão levando a distorções e interpretações erradas sobre a contaminação da Covid-19.
Inicialmente, é preciso distinguir dois grupos de assintomáticos. Um grupo é constituído por aqueles que nunca vão apresentar sintomas (ou esses serão leves e imperceptíveis). O outro grupo é formado por contaminados, mas que ainda não desenvolveram os sintomas: são os pré-sintomáticos.
Dia 3 de junho postamos no Facebook a informação de um estudo que mostrava que as células que revestem a mucosa da narina são as mais susceptíveis ao ataque do coronavírus (SARS-Cov-2). Isso ocorre porque tais células possuem maior quantidade de receptores (ACE2) do coronavírus – veja clicando aqui.
Assim, as mucosas nasais terão uma grande quantidade de coronavírus nos estágios iniciais da doença. Essa fase, ainda assintomática, antecede a contaminação de outras regiões do corpo e que podem levar a quadros graves. É justamente essa grande quantidade de coronavírus nas vias respiratórias superiores que torna pessoas infectadas assintomáticas altamente contagiantes. Uma vez que as células do nariz são muito atingidas no início, é frequente que a perda de olfato seja um dos primeiros sintomas manifestados.
Portanto, lembre-se, você ou qualquer pessoa que não apresenta sintomas podem estar no início da doença e infectando uma série de outros seres humanos que estejam nas proximidades.
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REFERÊNCIAS
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0092867420306759
https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0194599820929185